terça-feira, 28 de agosto de 2007

Agora, todas as semanas vou tentar mostrar-vos excertos daqueles que são os filmes mais aguardados do final deste ano e do início do próximo, alguns (na minha humilde opinião) que retratam temas que eu simplesmente adoro.



Quem me conhece bem sabe que tenho como rainha preferida (ou mesmo como ídolo de força e determinação), a Rainha Isabel I de Inglaterra. Assim sendo, este éo meu filme mais aguardado para o próximo ano: THE GOLDEN AGE - Elizabeth - Part II



Todos se lembram da brilhante Cate Blanchet no filme Elizabeth, em que encarna a jovem rainha. O filme foi um sucesso e, no entanto, concentrava-se numa fase da vida de Isabel, onde a sua personalidade não estava bem definida e ficaram muitas histórias por contar, muitos dicursos brilhantes, por ouvir, muitas batalhas por travar. O realizador decidiu continuar, então, a saga com este novo filme: THE GOLDEN AGE, que se centra na época dourada do reinado da Rainha. Com actuações ainda mais elaboradas de Cate Blanchet, do fantástico Geoffrey Rush, o encantador Clive Owen, o olhar profundo de Samantha Morton e ainda participações de grandes actores e actrizes como Nicole Kidman. Este é o filme do ano com grandes expectativas para os Academy Awards!

Queria só que o espectador tomasse especial atenção aos factos históricos que marcam esta época, como a memorável batalha com a Armada Invencível de Espanha e a rivalidade entre Isabel de Inglaterra e a Maria da Escócia (conhecida como Bloody Mary).



Só existe um senão neste filme, que já me incomodava no primeiro. O argumento concentra-se na paixão de Elzabeth por Sir Walter Raleigh (Clive Owen), quando todos sabem que o seu verdadeiro adorado era Lord Robert Dudley. É uma pequena desilusão para os fãs, mas nenhuma maravilha o é sem falhas.








sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Coisas de século passado

Encontrei isto, RECENTEMENTE, na Internet!




Há pessoas que ainda pensam assim, mas coloquei esta imagem aqui não para criticar o homem, mas a mulher. Porque grande culpa disto <- acontecer é da mulher


Machismo não, feminismo não, Igualdade sim!

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Harry Potter e a Ordem da Fénix


Na última semana fui ver, pela segunda vez, a continuação da saga do famoso jovem feiticeiro, em Harry Potter e a Ordem da Fénix.

Confesso que já mal me recordava do livro. Tinha adorado o Cálice de Fogo, e a Ordem da Fénix não me despertou tanto a atenção. Era um livro com demasiados enredos, muito complicados que nos bombardeavam ao longo de 700 páginas. Foi a gota final para mim, nunca mais li Harry Potter, ainda estou a ver se ganho coragem para ler os dois que lhe seguiram, que todos os dias me observam na parteleira. Talvez um dia. Mas prosseguindo, lembro-me de na altura pensar "Vai ser um livro complicado para adaptar". E foi.

Para quem não leu Harry Potter e se recorda vagamente dos outros filmes, muito lhes vai passar ao lado, já que o filme é o mais complexo e desperso de todos os que já foram produzidos até à data. Os três pequenos actores que nos habituamos a ver desde crianças já não nos surpreendem, as mesmas emoções, as mesma expressões, mas dentro de todo o elenco fantástico que os rodeia conseguem brilhar. Os irmãos gémeos de Ron têm um papel de destaque no filme, que lhe permite ter certos pontos divertidos, e o delírio obsessivo da professora Umbridge, numa interpretação brilhante por Imelda Staunton, fez dela um dos mais brilhantes papéis da saga.

Desgostei sobretudo do romance em que Harry se envolve com a colega Cho Chang, pois só nos apercebemos dele com um das falas de Hermione em que diz que Cho não conseguia tirar os olhos dele e, finalmente, com o beijo do dois adolescentes. Mas antes disso, tanto neste como nos outros filmes, ninguém no seu juízo pleno, pensaria que aqueles dois se dariam tão bem no 5º ano em Hogwarts. Daniel Radcliffe ainda tenta certos jogos de olhar, mas a rapariga parece pouco natural no papel e na relação da personagem com Harry.

Recomendo, no entanto que vejam, nem que seja pelos efeitos especiais e pelos papeís (apesar de secundários) desempenhados por actores brilhantes, como por exemplo, o do professor Snape (que me fez dar a maior gargalhada na sala de cinema, no momento em que é interrogado pela professora Umbridge) e, claro, vale a pena estar actualizado na história, nem que estejamos na esperança que o próximo filme seja menos desapontante. ***


quarta-feira, 8 de agosto de 2007

"Eu sou a Lenda" (I am Legend) de Richard Matheson




Richard Matheson é um dos escritores mais conceituados do mundo do terror, e serve de inspiração a famosos autores como Dean Koontz ou Stephen King.

Este seu livro, "Eu sou a Lenda" é considerado por muitos, o melhor romance sobre vampiros depois do famosíssimo "Dracula" de Bram Stoker".

Publicado em 1964, retrata a história da última pessoa sobre a face da terra, apesar de não estar sozinho. Todos os outros foram transformados em vampiros e desejam o seu sangue.

Ao príncipio pode parecer mais um história fantástica e de terror parachamar a atenção dos mais jovens, mas esse é um conceito totalmente errado. O mais interessante do livro não é a quantidade de pescoços que os vampiros mordem ou o quão violento são (pelo contrário, o livro pouco retrata esses aspectos) mas reflecte mais sobre as origens do vampirismo e de como é desesperante ser o último homem na terra. O história é contada na primeira pessoa e é comovente, para o leitor, quando ele fala da necessidade desesperada por companhia, e também da sua tristeza pelo passado perdido.

É um livro curto (135 páginas) e dá para ler num dia, até porque é muito difícil largá-lo.


É um livro para ler e reler.

Quem estiver habituado a ler em Inglês é preferível fazê-lo, já que a linguagem é muito perceptível.


Em breve será adaptado ao cinema, com Will Smith no papel principal, daquilo que já vi e li, do filme, o enrendo seum pouco diferente da obra mas teremos de aguardar para ver se está sua altura ou a supera. Dúvido ... *****

domingo, 5 de agosto de 2007

Madame Bovary, romance intemporal


Madame Bovary, de Gustave Flaubert, pela editora Europa-América


O que, no príncipio, parece uma simples história romântica de uma dona de casa que procura algo diferente da sua normal rotina caseira, acaba por ser uma das histórias mais envolventes do século XIX.


O romance conta a história de Emma, uma mulher sonhadora , pequeno-burguesa criada no campo que aprendeu a ver a vida através da literatura. Bonita e requintada para os padrões provincianos, casa-se com Charles, um médico do interior tão apaixonado pela esposa quanto enfadonho. Emma torna-se então uma espécie de Dom Quixote que leu romances de cavalaria demais e pôs-se a guerrear com moinhos...

Flaubert conta a história de um adultério e apresenta-o como banal, no entanto torna-o belo, sórdido, melancólico, e divertido, rompendo com certos clichés.

O mais curioso na obra e que (atrevo-me a dizer) a torna mais interessante é o facto de Flaubert não troçar de Emma Bovary. Também não a sentimentaliza, não moraliza, nem trata a sua alegria ou desespero como héroicos. Não a torna "o cowboy" nem o "índio", limitando-se a relatar a história à distância mas com carinho, dando importância extrema aos detalhes. Gustave Flaubert demorou muito tempo a escrever esta sua obra prima por ser, como foi relatado por muitos, extremamente perfeccionista.

Com tanto cuidado dado a algo, é por que esse algo é preciso.


*Madame Bovary de Flaubert foi considerada "uma obra execrável sob o ponto de visto moral" e levou a um processo no tribunal o que lhe assegurou, ironicamente, grande notoriedade.*


*"Madame Bovary" foi adaptado para o cinema diversas vezes: por Jean Renoir em 1933, por Vincent Minelli em 1969 e por Claude Chabrol em 1991, com Isabelle Huppert no papel de Emma, entre outras versões menos conhecidas. Também originou séries de TV na Europa, peças de teatro e inspirou quadros e até banda desenhada.* *****