quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Retornada dos mortos
Foi esta criatura que me obrigou a voltar a escrever neste cantinho.
Estava eu atrasada no horário planeado, cuidadosamente, na noite anterior, quando numa correria fui buscar as toalhas ao estendal. Ao recolhe-las, um agudo "cri-cri-cri" assustou-me e fez-me largá-las. Quando olhei para o chão, enrolado pela toalha, estava um insecto de cerca de 12 centímetros. Como menina que sou, recuei assustada. Passados alguns (largos) minutos de nervosismo, uns quantos telefonemas à mãe e à colega de casa, resolvi encher-me de coragem, pegar na toalha e deitar a criatura fora. Mas antes de fazê-lo, tive a brilhante ideia de a fotografar para um dia recordar. Como num slow motion filmatográfico, ela foi andando para revelar no seu abdómen... uma caveira.
Para quem ainda não percebeu porque é que nos momentos seguintes fiquei num misto de entusiasmo e pânico, é porque ainda não leu/viu, o Silêncio dos Inocentes.
Para além de ser o símbolo de morte e, em outros tempos, ter sido acusada de responsável por pestes, desastres naturais, guerras e mortes... é extremamente rara de encontrar, e costuma rondar batatas e abelhas.
Bem, note-se que eu moro num sétimo andar, em plena Santa Maria dos Olivais, Lisboa.
O que aconteceu depois? Teve de vir cá uma pessoa do sexo masculino (claro!) retirá-la, com muita pena minha, já que seria certamente uma boa adição a muitas colecções.
A boa notícia é que não morreu. Deve estar por aí a procurar a próxima vítima para lhe pregar um valente susto. Só espero que essa pessoa não tenha a infelicidade de reconhecê-la, tal como aconteceu comigo.
Só de pensar que dez minutos antes de isto tudo acontecer tinha estado a conversar com a minha mãe sobre o quão engraçado era se este ano celebrássemos o Halloween...
Conclusão, decidi tirar melhor partido deste episódio e vê-lo como um sinal de que era tempo de regressar ao Palavras Soltas. Mais alguém tem destas histórias para partilhar?
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1 comentário:
Por que parou?
Continue!
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