sábado, 1 de novembro de 2008

Busy, Busy- Parte I

(AVISO: é um post de mau gosto...)

Eu gosto muito de transportes públicos...Não eu ADORO transportes públicos, mas estes últimos dias têm sido demais.

Ia eu com uma mala carregadíssima num braço, um dossier numa mão, e quatro livros (daqueles conhecidos como "calhamaços") na outra, quando entro num autocarro pelo qual já estava à espera à pelo menos meia hora e onde ansiosamente desejava um lugar sentado.
Qual lugar sentado qual quê... Dificilmente em pé se podia ir. Eu sempre pensei que o 21 fosse para Moscavide mas pelos vistos vai para Auschwitz...É que vai tudo com cara de enterro.
E eu não tenho nada contra velhinhos e velhinhas, a sério que não, mas às vezes é demais. Já não cabia uma agulha no dito transporte e uma senhora (que devia ter um sexto sentido espacial muito mais apurado do que o resto dos passageiros) continuava a dizer-me: "A menina está a empatar o caminho! Chegue-se para trás!". Eu gentilmente expliquei: "Oh, minha senhora, não posso chegar-me mais para trás! É completamente impossível" ela continuou a resgungar durante vinte minutos e apertou-se ainda mais contra mim. A certa altura, começou a dar-me uma cãimbra no braço e tentei mudar o saco mais pesado para a outra mão. A senhora (numa espécie de vingança) nem sequer "deu um jeitinho" e sozinha era impossível prosseguir o meu plano. Um senhor lá me ajudou e segurou-me o saco durantes alguns instantes (aquela que era a pessoa com pior aspecto era, afinal, o mais prestável!).
Noutra ocasião, no mesmo autocarro para Aushwitz, uma senhora queria sair num sítio que, realmente, não consituía uma paragem. O condutor bem lhe dizia: mas olhe que aqui não se sai! É ali, mais à frente! Depois da senhora lhe chamar um Grandessíssimo Filho de um Concubina (mesmo assim com maísculas e tudo), o pobre homem lá se viu obrigado a abrir-lhe a porta.Ainda numa outra vez, tal era a tensão (o tempo também nao ajudava: chovia a potes), o condutor saiu do autocarro e pôs-se aos gritos com uma transeunte que esperava por outro autocarro, durante 20 minutos! 20 minutos!! Nós bem gritavamos de dentro da caixa de fósforos ambulante: "Olhe que há aqui gente atrasada para o trabalho! Aquelas pás não escavam sozinhas!" mas não adiantava...
(continua...)

1 comentário:

Anónimo disse...

Isso é tenebroso e nojento mesmo!
E nos dias de chuva o metro apinhado de gente?